quinta-feira, 28 de abril de 2011

Chegando na Praia dos Meros, na Ilha Grande, ao pôr do sol!

Acordei às 05:00... O Mestre André estava mexendo em tudo. Colocando almofadas no lugar, tirando o cheiro de veneno da dedetização que o Alê pede para fazerem de seis em seis meses... Ainda é cedo André! Mas ao invés de me ouvir ele trabalhou duro e eu fiquei tinindo, pronto pra viajar logo cedo! Do jeito que estava abastecido a viagem desta vez ia ser boa. E eu, doido para velejar, assisti ao sol nascendo.

Algum tempo depois, a Bia e o Alê chegaram. Pela pouca bagagem logo vi que viriam sozinhos. Feriado sem os teens... que pena!

Logo, a movimentação para zarpar começou e vi que iríamos até a Ilha Grande! Só que, desta vez, para o lado oposto ao continente, onde estão as praias mais preservadas e selvagens! Outros veleiros iriam conosco e comecei a escutar meu comandante combinando a saída e o destino com outros barcos... Filho do Vento, Filho do Vento, é Black Swan! Vento, Vento, é Black Swan! Skua, Skua, é Black Swan! Duvel, Duvel, é Black Swan!
O almoço!!
Enquanto o Alê preparava a saída, a Bia preparava a comida!! E o cardápio parecia delicioso: Cassoulet e Arroz Sete Cereais!

O Vento e o Skua já haviam partido à duas horas... E o Filho do Vento iria conosco!

O dia estava claro e sem nuvens... Mas, será que teríamos vento? Saímos motorando até a Ilha dos Meros, onde o vento deu o ar da sua graça... Não era um super vento, mas o suficiente para a minha mestra subir!


Como é bom estar de volta à ativa, depois de 15 dias no pier!

A viagem foi muito tranquila e o Filho do Vento, só com o Murilo e a Mariza, nos acompanharam por um bom trecho... Até que, sem muita explicação, o Filho do Vento se afastou, provavelmente para tentar buscar mais vento!

Depois de algumas horas, o Filho do Vento continuava distante e não respondia pelo rádio... Meu comandante o chamava insistentemente e nada... De longe, parecia que o barco estava parado, batendo as velas...

O sinal do rádio não estava bom, mas conseguimos comunicação com os outros veleiros... Vento, Odara, Skua e o pequeno Xupolho (um Paturri 16) estavam à nossa frente... O Vento e o Odara seguiram para pernoitar na Parnaioca, nosso destino também.

Como o Filho do Vento não respondia, decidimos voltar em direção a ele para saber se havia algo errado... E o sol começava a se pôr... lindamente...



Ao chegarmos próximos do Filho do Vento, percebemos que estava tudo bem... Mas nada do rádio funcionar... E como a noite caia, Bia e Alê decidiram pernoitar na Praia dos Meros, mais próxima que a Parnaioca... O Skua e o Xupolho também iam pernoitar lá. E nada de consegur avisar nossos amigos do Filho do Vento!!

Segui em direção à praia dos Meros, ainda iluminado pelos últimos raios do sol... Que pôr do sol espetacular!! A Bia não se cansava de fotografar a paisagem, embora tenha ficado um pouco "mareada" na viagem, pois o mar estava bem mexido!

Avistando a ponta da Ilha Grande, onde fica a Praia dos Meros, fomos premiados com um céu que parecia irreal... Mas não era não!! Quem estava lá, viu!


Enquanto isso, o Filho do Vento rumava para a Parnaioca... Como avisá-lo que mudamos o pernoite?? Felizmente, ele percebeu que eu entrei na baía da Praia dos Meros e... ligou o rádio!! Que bom!! "Black Swan, Black Swan, é Filho do Vento"!!

Destino acertado, Filho do Vento corrigiu sua rota e finalmente ancoramos nos Meros, já noite! Skua e Xupolho já estavam lá. Mas vocês devem estar se perguntando... Que nome é esse? Segundo o Renato, atual comandante do Skua (um Delta 32) e antigo proprietário do Xupolho, que agora pertence ao seu irmão, Miguel, é uma homenagem a dois ingredientes maravilhosos da nossa cozinha... o Xuxu e o Repolho!! kkkkkkkkkkkkk (adorei isso!!)

E, para fazer jus ao Xuxu, o Xupolho é verde!! É isso aí, guri! Você arrasou! Com apenas 16 pés e 2 tripulantes, chegou muito bem à Ilha Grande, vindo de Paraty!!

domingo, 3 de abril de 2011

A História da Cinque Mari

Veleiro Desgarrado - Fast 395, meu antecessor!
Quando entrei para a família da Bia e do Alê, a Cinque Mari, uma linda lanchinha de 23 pés já fazia parte do grupo. Ela foi comprada em setembro de 2010, logo após a venda do meu antecessor Desgarrado, um fast 395...

Com a venda do veleiro (ouvi dizer que a Bia chorou muito quando o Desgarrado foi entregue aos seus novos donos), eles pretendiam ficar algum tempo sem barco, para "juntar dinheiro" e comprar um veleiro maior... Afinal, a família cresceu quando eles se casaram!

Mas, ficar longe do mar, nem pensar! A ideia então foi comprar um lancha pequena, que viabilizasse passeios de um dia com toda a família!

E a escolhida foi a "Mar di Bella", uma Evolution 225 cabinada, que estava no Yacht Club de Ilha Bela. Como o dono anterior queria o nome para sua próxima lancha, Bia e Alê tiveram que escolher um novo nome para ela... Cinque Mari, uma homenagem aos 5 integrantes da nova família, cada um com sua personalidade, cada um com seu jeito... Cinco Mares diferentes para se navegar!

Cinque Mari, uma Evolution 225

A Cinque Mari ficou alguns meses hospedada em São Sebastião e a família pôde conhecer uma região diferente de Paraty, onde ficava o Desgarrado (e os barcos anteriores do Alê... Blues, um fast 310 e o Maliarda, um Oday 23).

Foram muitos passeios no canal de São Sebastião e Ilha Bela... Praia do Curral, Pindá, Centrinho, Castelhanos, Praia da Fome, Saco do Sombrio...

Erik, Marina e Ian na proa da Cinque Mari
No final de 2009, com saudades de Paraty, Alê e Bia decidiram trazer a Cinque para cá... E ela ganhou uma nova casa, o Farol de Paraty.

No verão de 2010, eu já estava na família, passando pelo meu Extreme Make Over... Enquanto isso, a família ficou hospedada no Hotel do Bosque, em Angra, e a Cinque Mari foi com eles! Ela ficava em uma lagoa do hotel, com entrada pelo Rio Mambucaba!



Com a Cinque, Bia, Alê, Marina, Erik e Ian conheceram toda a Ilha Grande, chegando a dar a volta na Ilha toda no mesmo dia! Rapidinha esta Cinque!


Até no Shopping Pirata de Angra eles foram "de Cinque"! Divertido chegar em um shopping center de barco, não é??


E foi no Hotel do Bosque que o destino da Cinque Mari começou a ser traçado... O Alê reencontrou um amigo de longa data, Adriano e comentou com ele que pretendia vender a Cinque assim que minha reforma terminasse... Afinal, dois barcos era demais, financeiramente falando!! Mas, mesmo assim Bia e Alê estavam com o "coração partido" de se desfazer dela... O próprio Alê chegou a recusar várias propostas interessantes de venda... Acho que ele queria que alguém que realmente a valorizasse!! Certo ele!! Nós, barcos, gostamos que nossos donos nos valorizem! Por isso sou tão feliz com minha família!!

E foi neste contexto que o Adriano e sua esposa Lili comentaram que tinham um amigo que poderia se interessar em comprar a lancha...

Lili e Adriano na Cinque Mari

Voltando para São Paulo, o tal amigo fez contato com o Alê... Chamava-se Serginho e, em poucos minutos de conversa, a grande coincidência: Alê e Serginho eram amigos de infância! Estudaram no primário do Dante juntos!! Que mundo pequeno!! E ainda tinha mais! O Serginho morava na mesma rua que a Bia e o Alê!!!

O Serginho não possuia nenhuma experiência com barcos e fez a seguinte proposta ao Alê: compraria metade da lancha e dividiria as despesas... E a Cinque continuaria a venda...

Foi assim que o Serginho, sua esposa Paula e os filhos dele Ricardo, Luigi e Manuela entraram em nossas vidas! E mais uma coincidência! Eles também são 5!! Viva o Cinque!!

Paula Negro na Cinque
Foram 8 meses de muita diversão à bordo da minha amiga Cinque Mari... Alê e Bia introduziram o Serginho e a Paula no maravilhoso mundo da náutica e de Paraty. Logo, eles estavam totalmente apaixonados por esta vida! E mais do que sócios na lancha, tornaram-se muito amigos! Em um dos posts aqui do blog, é a Cinque que conta uma aventura que viveu com a turma!


A Cinque ficava amarrada ao Black Swan - "puxadinho"


Cinque Mari, ancorada em Paraty...


No reveillon de 2010, graças à agilidade da Cinque, todos puderam ver os fogos bem de pertinho! E eu fiquei acompanhando a festa de longe...


Bia, Alê e Serginho comemorando a virada de 2010 na Cinque Mari


A turma teen (Marina, Manu, Ricardo, Ian e Luigi)
curtindo os fogos na Cinque Mari

Serginho e Paula ficaram tão animados com a nova vida marítima, que decidiram comprar uma lancha maior, que coubesse toda a família para pernoite... E, infelizmente, a Cinque Mari foi vendida, para um casal no Rio de Janeiro... O vídeo acima é da última vez que saímos juntos, para passear pelas águas da Baía da Ilha Grande... Sentirei saudades, menina!! Boa sorte na sua nova vida!

Bom, mas as mudanças também trazem bons ventos... E agora teremos uma nova companhia para nossas aventuras, a Duvel, uma Tempest 27, o novo membro da família Negro! Bem-vinda Duvel!!

Duvel, a nova lancha dos Negro