domingo, 26 de fevereiro de 2012

Conhecendo a Ilha da Gipóia: uma trilha da Praia das Flechas até o Dentista!

As férias de janeiro foram muito divertidas, com as "crianças" Ian e Marina a bordo... A "criança" Erik não estava presente... Pois está na Alemanha, fazendo intercâmbio! Volta logo, rapaz, estamos com saudades!

O destino foi a Ilha da Gipóia, em Angra dos Reis, onde agora é a morada da minha amiga Duvel (já mencionei isso em um outro post...) e a casa estava lotada de adolescentes (os filhos e os sobrinhos do Serginho, dono da Duvel)! Acrescentem mais dois aí, pessoal!!

 Certa manhã, meus tripulantes saíram para terra e foram explorar a ilha por suas lindas trilhas... Fiquei meio chateado, afinal, trilha não é muito a minha praia... rs... O percurso era sair da Praia das Flechas, onde mora a Duvel, e chegar até a badalada Praia do Dentista!

Marina, Alexandre e Ian na Trilha para a Praia do Dentista
Bia e Alê, com a maior cara de "exploradores"!
O caminho estava cheio de lindas árvores, pequenas enseadas, pedras à beira mar... Eles se empolgaram tanto que até erraram o caminho... Mas nada preocupante... Logo eles reencontraram a trilha correta!



E, em uma parte da trilha, aconteceu algo inusitado... O caminho passava exatamente no meio de uma casa abandonada...  A porta de entrada e a de saída eram parte do caminho... Dá um pouco de medo, não é... Já pensou passar ali à noite??





Depois de algumas descidas e muitas "subidas" (esta normalmente é a sensação de quem está fazendo a trilha... rs), chegaram ao seu destino, a Praia do Dentista! Apesar de ser janeiro e o dia estar lindamente ensolarado, a quantidade de lanchas era até pequena (para os parâmetros do Dentista)! Só não entendo porque este pessoal quer parar as lanchas dentro da praia, na areia... Além de prejudicar os banhistas, é proibido pela Marinha... Pessoal, vamos ter consciência!


 Depois de mergulhar nas pedras, a turma resolveu fazer uma "boquinha" e foram até o meio da praia onde estava o Jango´s Bar, um barco-restaurante que atende às lanchas! Isso mesmo! Atende às lanchas! Os coitados na praia gritaram, chamaram, acenaram... O povo no barco olhava mas não via... O botinho que fazia as entregas simplesmente ignorou... É algum tipo de preconceito pelos "sem-lancha"?? Ai, se eu estivesse lá!! Dava um lição neles!!!
Jango´s Bar ignorando o pessoal em terra chamando!!
 A decisão, então, foi fazer a trilha de volta à Praia das Flechas... Lá, ao contrário do Jango´s Bar, o pessoal da Duvel os esperava com um churrasquinho já na brasa!!! Delícia!! E, enquanto isso, Duvel e eu descansávamos calmamente ancorados na frente da casa...

Black Swan e Duvel na Ilha da Gipóia

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O dia em que o ciúme se apoderou de mim!

Maliarda - Oday 23
Eu sei que não sou o primeiro veleiro na vida do meu comandante... Mas torço (e me esforço) imensamente para ser o último... Meu antecessor, o Desgarrado, um fast 395 continua por perto, agora com pinta de barco pirata... O antecessor do Desgarrado, o Blues, um fast 310, também está na mesma marina do Desgarrado... O Together, outro Fast 395, que foi do meu comandante em sociedade por apenas alguns meses também está próximo de nós... Será algum tipo de provocação? Acho que sim, porque sinto claramente o carinho e a afeição que meu capitão tem por seus antigos barcos... Ele fica olhando, com cara de saudade, como se eu não bastasse em sua vida... Mas nenhum sentimento se compara ao que ele sente toda vez que menciona seu primeiro veleiro, o Maliarda, um Oday 23, que foi da família por mais de 10 anos, quando as crianças eram pequenas...

O tal barquinho até rondou Paraty por um tempo, mas depois sumiu, para meu completo alívio... Até que, naquele sábado fatídico, o terror se apoderou de mim... Ouvi que o Maliarda havia voltado para Paraty e, pior ainda, havia voltado para a família!! Isso é algum tipo de pesadelo??

Acalmei-me um pouco quando ouvi que o novo proprietário do Maliarda era o Serginho, dono também da lancha Duvel... Mas meu comandante estava tão empolgado que simplesmente me ignorou o sábado inteiro e ficou lá, arrumando a parte interna, checando os equipamentos, subindo as velas... Ei Alê!!! Eu também existo, viu? Aqui também tem um monte de coisas para verificar, para arrumar...

E eu tinha que ficar assistindo a todo aquele carinho com meu rival... Ainda bem que o Serginho virá, no próximo final de semana, buscar este tal de Maliarda e levá-lo para sua nova casa na Gipóia! Mas já sei que, cada vez que formos até lá, vou ter que aguentar ver meu comandante feliz ao relembrar o passado... Bom... ele pode ser o passado, mas eu sou o presente! E o futuro também!! Boa Sorte, Maliarda, na sua nova família! E deixe a minha em paz, viu!!!!


O Maliarda, um Oday 23

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O primeiro encontro do ano com os golfinhos!

Depois de um Reveillon animado e chuvoso na Ilha da Gipóia, nova casa da minha amiga Duvel, tomamos o rumo de casa! A chuva, tradicional companheira nas viradas de ano, não nos decepcionou! Estava lá, naquele primeiro dia do ano, nos acompanhando, firme e forte! A sorte é que meus toldos novos funcionaram bem, o que proporcionou uma viagem tranquila (e não muito molhada) aos meus dois tripulantes! O mar não estava absolutamente calmo, como muitas vezes costuma ser nestas paragens, mas, embora houvesse ondas, estas eram longas e constantes... Assim, logo entrei em um movimento harmônico com elas, em um balanço até que agradável!

Estávamos nesta toada quando recebemos visitas que sempre alegram a Bia e o Alê! Golfinhos! Lembro bem, quando no Carnaval passado, os 4 adolescentes à bordo (Ian, Marina, Erik e Phillip) ficaram excitadíssimos com um bando semelhante à este brincando e nadando perto de mim!

Na realidade, não sei se, de fato, eles estão brincando ou estão tentando proteger o bando, distraindo o "predador"! Que injustiça me confundir com uma ameaça... Só porque eu sou preto, peso 12 toneladas, tenho uma quilha de 2,8 metros e um mastro de 18 metros de altura?? No mínimo, me confundiram com uma orca assassina!!!





Depois dos golfinhos animados (ou nervosos, ainda vou descobrir...), um encontro "familiar": o Diva, um dos meus irmãos MB 45 estava próximo, elegante, imponente...

Meu irmão, o Diva
Olhar para ele é como olhar para o espelho... Como não é muito fácil para mim ficar em frente a um espelho (rs), ver o Diva (e meus outros irmãos) é uma forma de me enxergar, me imaginar cortando as ondas de forma decidida e confiante! Estou tão poético hoje... deve ser a inspiração que o novo ano está trazendo, com grandes promessas de passeios e aventuras com minha querida turma! Feliz 2012 a todos!

Ah! E se quiser saber mais sobre minha família, acesse o site http://www.veleirosmb45.blogspot.com/ !!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cadê a âncora Via Láctea?

Um pouco antes do carnaval recebemos a visita sempre divertida do Via Láctea, na Cotia.

Tranquilo da vida, vi o Mauro contando para o Alê e a Bia que tinha deixado cair a âncora na água com todo o filamente de cabo! 70 m de cabo e âncora para o fundo. Lá no Saco da Velha.

A missão de resgate iria ficar para o dia seguinte.



Cores de Paraty!
O domingo amanheceu com aquelas cores maravilhosas dos dias de Sol em Paraty! Céu azul,  mata Atlântica muito verde e o mar transparente.



Saímos para o Saco da Velha: Em mente uma única missão! Em busca da Âncora perdida!!! E tchan tchan tchan tchan, meu alterador desacoplou o eixo e começou a fazer um barulhão! Tinha avisado à tripulação (Alê e Bia) fazendo uns barulhinhos iniciais, mas eles estavam namorando enquanto eu levava eles para o local do resgate e nem perceberam. Tive que fazer o alternador gritar muito com metal pegando em metal até que eles prestaram atenção!!! E aí, pararam a máquina. Lá veio o comandante com a sacola master de ferramentas. Aperta daqui, improvisa ferramenta de lá, tá resolvido, por 10 minutos... o problema voltou... Aperta de novo. Trava com chave de fenda. Pega o grifo. Tá resolvido!

Deste jeito demoramos para chegar no Saco da Velha! Quando chegamos, surpresa! O Via Láctea estava com a Matsuo pendurada no mastro dando voltas em círculo. Bem de longe já dava para ouvir ela gritando e não era: - Chama a Maria da Penha!!! kkkk nada disso era assim: - Olha uma raia alí! Olha outra lá! Quantas! Não pára Mauro! Vira prá lá! Olha outra!
E cabo, corrente e âncora... nada!

O Alê achou até graça! Depois de mais de décadas mergulhando por ali, era só questão de tempo e fôlego para achar a âncora.
O segredo era planejar, porque sabendo em qual sentido o cabo estava esticado no fundo as chances aumentavam muito.

Cabo com quase 18 metros... Água transparente!
Pois é... máscara nadadeira, snorkel e vi o Alê passar por baixo da quilha. A água estava bastante transparente, mas não dava para ver o fundo. Na verdade, o lugar onde a âncora tinha caído tinha mais de 12 metros de profundidade. Mas há três ou quatro metros do fundo a temperatura da água caia muito e a água ficava muito turva e escura, derrubando a visão para menos de 30 cm.




Sabe como terminou isso? Âncora nova, né Mauro!!!! Almoço de comemoração feito pela Bia!