quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Encontro com meu irmão, o Big Lit

Em um final de semana de maio, navegávamos pela Baía de Paraty quando avistamos um barco ancorado próximo a Praia dos Vagabundos... O Alê chamou a Bia e disse: "Aquele é o Big Lit, outro MB 45! E eu conheci o dono há 10 anos, quando ele se aposentou e foi morar a bordo!"
Ao contrário dos "moradores da cidade", que são muito reservados e ninguém vai à casa de outra pessoa sem um convite formal, os "moradores do mar" são receptivos, calorosos e adoram conhecer outras pessoas! E, como "moradores do mar", pelo menos aos finais de semana, lá foram a Bia e o Alê, de bote, conversar com o pessoal do Big Lit!

Foi aí que eu caí em mim! Ele é meu irmão caçula! Um dos meus outros 12 irmãos! E eu sou o mais velho!

Os donos do Big Lit são o Carlos e a Helena. O Carlos, um engenheiro aposentado, mora a bordo há mais de 10 anos! A base deles é Angra e eles estavam em Paraty para consertar o motor! Acredito que a Bia e o Alê devam ter ficado muito curiosos sobre a vida a bordo! Quem sabe eles vem morar comigo futuramente??

Depois de muito papo dos quatro à bordo do Big, a Bia e o Alê os convidaram para me conhecer! Hum... que cheirinho bom de café passado na hora!

Carlos e Helena contaram que, no dia seguinte, voltariam para Angra, à vela, pois o motor ainda estava quebrado...

No dia seguinte, o Alê percebeu que não havia vento... E ficou preocupado com o Big Lit e seus simpáticos moradores... E lá fomos nós verificar como eles estavam se saindo... Não foi surpresa quando os avistamos com os panos em cima, parados... O Alê, sempre querendo ajudar, ofereceu para rebocar o Big Lit por algum tempo... Dois cabos e logo eu estava puxando o meu irmão! Que bom poder ajuda-lo!








Rebocamos o Big Lit até a Ilha do Sandri! Tínhamos que voltar para o porto, Bia e Alê precisavam voltar a São Paulo antes da noite cair... Mas, como a Natureza é amiga, o vento entrou e o Big Lit conseguiu seguir o seu caminho, à vela.

Chegamos ao cair da noite no Farol de Paraty... E novamente a Natureza nos brindou com um pôr do sol indescritível... Só vendo...


E foi assim que eu reencontrei um dos meus irmãos... Outro irmão, o Onix, fica ancorado perto de mim em Paraty, mas parece abandonado... que triste... É tão bom ter uma família que cuida bem da gente!