quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O dia em que o ciúme se apoderou de mim!

Maliarda - Oday 23
Eu sei que não sou o primeiro veleiro na vida do meu comandante... Mas torço (e me esforço) imensamente para ser o último... Meu antecessor, o Desgarrado, um fast 395 continua por perto, agora com pinta de barco pirata... O antecessor do Desgarrado, o Blues, um fast 310, também está na mesma marina do Desgarrado... O Together, outro Fast 395, que foi do meu comandante em sociedade por apenas alguns meses também está próximo de nós... Será algum tipo de provocação? Acho que sim, porque sinto claramente o carinho e a afeição que meu capitão tem por seus antigos barcos... Ele fica olhando, com cara de saudade, como se eu não bastasse em sua vida... Mas nenhum sentimento se compara ao que ele sente toda vez que menciona seu primeiro veleiro, o Maliarda, um Oday 23, que foi da família por mais de 10 anos, quando as crianças eram pequenas...

O tal barquinho até rondou Paraty por um tempo, mas depois sumiu, para meu completo alívio... Até que, naquele sábado fatídico, o terror se apoderou de mim... Ouvi que o Maliarda havia voltado para Paraty e, pior ainda, havia voltado para a família!! Isso é algum tipo de pesadelo??

Acalmei-me um pouco quando ouvi que o novo proprietário do Maliarda era o Serginho, dono também da lancha Duvel... Mas meu comandante estava tão empolgado que simplesmente me ignorou o sábado inteiro e ficou lá, arrumando a parte interna, checando os equipamentos, subindo as velas... Ei Alê!!! Eu também existo, viu? Aqui também tem um monte de coisas para verificar, para arrumar...

E eu tinha que ficar assistindo a todo aquele carinho com meu rival... Ainda bem que o Serginho virá, no próximo final de semana, buscar este tal de Maliarda e levá-lo para sua nova casa na Gipóia! Mas já sei que, cada vez que formos até lá, vou ter que aguentar ver meu comandante feliz ao relembrar o passado... Bom... ele pode ser o passado, mas eu sou o presente! E o futuro também!! Boa Sorte, Maliarda, na sua nova família! E deixe a minha em paz, viu!!!!


O Maliarda, um Oday 23

Um comentário:

Ricardo Stark - Velejador disse...

É, recordar é viver.... como diz a música de carnaval...
O primeiro veleiro é como a primeira namorada, a gente não esquece nunca!!